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ANVISA aprova nova opção de tratamento para pacientes com câncer de próstata avançado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou apalutamida (Erleada®) para tratamento para pacientes com câncer de próstata metastático sensível a castração (CPSCm). A apalutamida é inibidor oral de receptor de andrógeno (AR) que inibe o crescimento de células cancerosas na próstata de três formas:

(1) prevenindo a ligação de andrógenos ao seu receptor nas células;

(2) bloqueando a entrada dos receptores de andrógenos nas células cancerosas;

(3) e impedindo os receptores de se ligar ao DNA da célula maligna. A terapia (com apalutamida) até então tinha indicação para tratamento da doença não metastática resistente à castração (CPRCnm).

A aprovação da nova indicação se baseou nos resultados do estudo fase 3, TITAN, apresentados durante o congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) 2019 e publicados no NEJM, que mostram que o uso de apalutamida associado à terapia de deprivação androgênica (ADT), considerada padrão de tratamento até o momento, reduziu em 33% o risco de morte de pacientes com câncer de próstata metastático quando comparado ao grupo tratado com placebo mais ADT. Além disso, em um follow up de 2 anos, 68,2% dos homens tratados com apalutamida não apresentaram progressão da doença, uma redução em 52% no risco de progressão ou morte.

Segundo o investigador do estudo, Dr. Kim Chi, para pacientes com a doença sensível à castração, a terapia padrão (ADT) quando utilizada como tratamento único não é suficiente. O médico oncologista do BC Cancer Vancouver complementa ainda que os resultados do estudo revelaram que, independentemente de quão avançada esteja a enfermidade, pacientes com câncer de próstata metastático, que sejam sensíveis à terapia hormonal, têm potencial para se beneficiarem do tratamento combinado de apalutamida com ADT.

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O estudo incluiu mais de mil homens com câncer de próstata metastático, com baixo e alto volume da doença, em estágio avançado ou metastático, sem tratamento prévio ou que haviam recebido algum tratamento com ADT, docetaxel ou terapia local definitiva. Foram analisados os impactos na sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão radiográfica (SLPr) em pacientes que utilizaram terapia combinada de apalutamida com ADT, em comparação com placebo associado à ADT. A taxa de eventos adversos foi comparável ao placebo, sendo principalmente representados por rash cutâneo, fadiga e hipotireoidismo.

Fonte: Oncologia Brasil



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